Por Luiz Lemos
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Resenha cd Only tia Gertrudes is Real Gstruds no site Wiplash.
Por Luiz Lemos
Resenha do CD da GStruds (Only Tia Gertrudes is Real) na página da Whiplash. Lançamento da Esporro Sonoro distro e parceria.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Resenha: Flagelo - Necrofilia - 2013
Por Luiz Lemos
Ate
que em fim voltando a ter um tempo para escrever algumas resenhas de materiais que
ganho e que me enviam e pra começar nada mais justo que uma prata da casa.
Flagelo: “Necrofilia” que defino na verdade não como uma demo mais um EP, pois
são 6 sons contando com a intro “Lua de sangue” uma clara previa do que será um
futuro cd e vamos torcer e esperar esse petardo. O que sempre me chama atenção
no som da Flagelo é a honestidade, nada
de seguir tendências passageiras e mostrar sempre o puro, áspero e
verdadeiro Death Thrash Metal fudido cantado em português para abrilhantar ainda mais
a temática da banda mostrando claramente nesse play mais ainda o amadurecimento
musical e há momento para tudo, solos elaborados o destaque de solos
também de baixo de Leo Souza dando uma harmonia singular em algumas musicas,
cara essa faixa titulo “Necrofilia” impecável desde a letra e as variações entre baixo/riffs ríspidos e elaborados em
seguida vem a “Supremo poder” também destaque para os arranjos do baixo forte e
som cadenciado, depois vem a “Guerreiros da morte” ainda seguindo a linha de
letras abordando o sobrenatural, seguindo entra a “Vale de horrores” na minha opinião a mais rápida e de solo
marcante, muito bom por sinal e pra finalizar uma regravação de um clássico da
banda “Velha Maria” bem suja, porrada na orelha de refrão forte “Velha Maria
fofoqueira desgraçada” quem não tem uma “Velha Maria” no seu bairro: hehe,
muito foda essa musica, a demo só peca um pouco pela capa que poderia ter sido
mais gore pelo titulo do play, porém ta valendo, vamos ficar no aguardo do
futuro CD Full dessa banda veterana que esta mais que na hora..
Contatos : https://myspace.com/flagelothrash
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Resenha: Face Terror: Total Hate: 2012
Por Luiz Lemos
Hardcore brutal lenhada no meio das fuças, esse é o
som da FaceTerror, Banda formada em agosto de 2011 na cidade de
Fortaleza/CE por Italo (G/V) e Walter (D) com intuito de fazer um Hardcore
rápido, pesado e sem frescuras, mas que devido grande influência de metal
extremo e grindcore por parte de seus integrantes as músicas foram perdendo a
característica do Hardcore tradicional e deixando o som sem um estilo definido
passando a ser chamado pela banda simplesmente de BRUTALCORE. Em
março de 2012 entra para a banda o baterista Marcus (ex Obsessor), Walter
então assume as quatro cordas completando o trio destruidor que se apresenta
até o momento. Hoje divulgam essa demo: Total Hate, poucas composições mas que
dão conta do recado, são seis chibatadas que de cara levam você para dentro do
cicle pit, musicas como a faixa titulo, “Total Hate”, “Suicidal Conduct” a minha predileta!!!, “Face
Terror” cheias de palhetadas rápidas, empolgantes e que nos relembra a rapidez
de bandas como Disrupt, fora que tem dois sons em português foda! , “Revoltado”
e “Exército de mentiras”, rápidas e insanas. Mais uma jóia que veio para
presentear nosso underground cearense. Face terror, esse é o nome, um som
nervosão que vale muito a pena pegar essa demozinha e curtir mais uma banda para
nosso cenário. Que venham mais sons...
sábado, 5 de janeiro de 2013
Darkside:entrevista no site Wiplash.
Por Luiz Lemos
DARKSIDE é uma banda veterana de Heavy/Thrash Metal do Ceará que já está em cena há mais de vinte anos. Ao longo de sua trajetória muitas formações já fizeram parte do seu ‘Casting’, mas isso sempre foi superado pela paixão à música pesada. Hoje a banda conta com ALEX EYRAS (já de saída) – vocal, TALES GROO – guitarra, HELDER JACKSON – guitarra, RENATO FILTRO – baixo e RICHARDSON LUCENA – bateria. Conversei com seu membro fundador, TALES sobre esse empenho e os seus lançamentos que já conquistaram o Brasil, inclusive o último, “Prayers in Doomsday” recebeu indicações para o melhor CD de 2012 nas páginas da revista “Roadie Crew”.
Você vem acompanhando o desenvolvimento do Metal cearense desde os primeiros focos vindo até mesmo fazer parte de bandas como a lendária BEOWULF. Hoje como é que você vê a mesma cena comparando-se a daquela época?
A cena é completamente diferente de 20 anos atrás! Poucas pessoas daquela época ainda estão na ativa. Todo o nosso contexto econômico, social, político e cultural mudou completamente. Numa época sem internet, sem equipamento, sem tecnologia e sem ambições, nossos procedimentos para produzir, manter e divulgar uma banda eram bastante arcaicos, mas feitos com uma enorme paixão, que era alimentada com fogo pelo público Headbanger.
Como surgiu a idéia de fundar a banda DARKSIDE e quais foram os momentos mais difíceis que vocês encontraram pela frente?
No início eram apenas ensaios com alguns amigos, onde costumávamos tocar alguns covers e encher a cara de cachaça. Com o tempo, começamos produzir músicas nossas e a batalhar espaços no underground. Os momentos difíceis foram as mudanças de formação, que sempre deixavam a banda em longos períodos improdutivos.
Como foi a experiência de ter saído de sua terra natal para fechar a noite como “Headliner” no terceiro festival “Batalhas das Bandas” no Macapá – AP em 2003?
Foi excelente, tocar tão longe naquela época era algo difícil para as bandas cearenses, mas tivemos um tratamento de primeira por parte dos produtores e do público. Infelizmente não tocamos com a formação que estava ativa no momento, já que o baixista e o batera de então não puderam viajar, mas pudemos contar com a participação de dois ex-membros, foi um ótimo show. Pra mim teve um gosto especial, pois no final nosso primeiro baterista, o BEAH, que mora em Macapá desde que saiu da DARKSIDE em 1992, subiu no palco conosco para um memorável cover de “Fade to Black” (METALLICA)!
Depois de treze anos de estrada a banda consegue lançar o seu ‘Debut’, “Eclipsed Soul” (2004) que teve larga aceitação pelo público local, e o mais interessante é que teve produção
da própria banda. Acredito que isso se deva justamente pelo longo tempo de atividade, seria?
Na verdade a produção ficou a cargo do RODRIGO MAGNANI, que havia acabado entrar na DARKSIDE, mas já tinha uma boa experiência como produtor. Ele tinha um estúdio de gravação chamado ‘Digisound’, juntamente com o Fabrício Carvalho, que produziu excelentes trabalhos de bandas como NECROMORTEN, TIGLATH, SOMBERLAIN, CLAMUS, FACADA, entre outros. Os méritos são dele e do Fabrício.
A versão semi-acústica da faixa título ficou fantástica.
Foi uma idéia em conjunto, a orquestração havia sido composta e arranjada pelo RAMIRO MELO (ex-baixista e tecladista) e os violões foram executados pelo RODRIGO e pelo FABRÍCIO. Há também os backing vocals do ORUAM (DEADLY FATE de Natal-RN).
A outra curiosidade está na faixa “Belial” cantada em português e que difere um pouco da temática musical do CD, já que ela tem uma levada mais “Speed” deixando de lado a melodia.
Pra quem não sabe, “Belial” é um cover da PROCRIATION, banda que eu toquei em 1988. Nas sessões de gravações decidimos gravar uma versão curta dela, o DUDU MAGNANI simplesmente foi lá e cantou, eu fiz os backings, ficou fodido, decidimos aproveitá-la como bônus no CD.
Em 2008 vocês fizeram a abertura para um show da turnê do HELLOWEEN e GAMMA RAY em Fortaleza. Como foi segurar essa responsabilidade num evento tão importante para aquela região?
Foi mais um importante marco para a DARKSIDE. A partir daquele evento, a banda passou a agir com atitude mais profissional, com mais objetivo e foco. Fizemos contatos importantes com pessoas de fora e passamos a entender melhor como é o procedimento em produções de primeira linha. Pela primeira vez produzimos e levamos merchandising para vender em um evento, o que nos deu um excelente retorno, que foi capaz de investirmos mais na produção da banda.
Anos depois vocês também abriram para os britânicos do SAXON, inclusive foram até Curitiba – PR fazer a mesma abertura. Vocês estavam promovendo uma prévia do novo lançamento?
Exato, logo que recebemos o convite irrecusável de abrir pro SAXON em duas cidades (Fortaleza e Curitiba), tentamos terminar as gravações de “Prayers in Doomsday” que estavam atrasadas, mas só faltavam algumas linhas de guitarra e os vocais. Mas o tempo era curto e não conseguimos terminar satisfatoriamente nem cumprir os prazos, decidimos não lançar naquele momento. Incluímos no nosso merchandising uma versão EP com 3 faixas, saiu muito bem em todos os shows que tocamos em 2011/2012.
O “Prayers in Doomsday surpreende por vários aspectos, um deles é a própria música que resgata a velha escola do “Heavy Metal” com riffs pesados do “Thrash”. Isso os distanciou um pouco do que foi trabalhado no primeiro álbum que contém mais arranjos. Como vocês chegaram a esse fator?
A concepção de “Prayers in Doosmday” pedia uma execução mais direta e crua, sem teclados, nem corais e nem dedilhados. As linhas de vocais ficaram mais diretas. Tudo isso foi feito pensando na execução ao vivo de acordo com o alcance de cada um dos membros atuais da banda, levando em conta a pegada de cada um. O resultado é realmente um material mais forte, nunca deixando nossas raízes pra trás, simplesmente fortalecendo o aspecto mais agressivo da DARKSIDE.
Dessa vez a produção foi deixada a cargo do produtor “Moises Veloso”, e tenho que confessar que este foi o segundo aspecto que me surpreendeu. Vocês também ficaram satisfeitos com o resultado final?
Não ficamos 100% satisfeitos, e nunca ficaremos por mais perfeita que seja o resultado de uma produção. A banda sempre precisa almejar algo melhor, nunca se acomodar. É um álbum que nos enche de orgulho, mas o fato é que o objetivo de produzir um material com a qualidade gringa que pretendíamos não foi totalmente alcançado. Ainda assim, tivemos boas resenhas no exterior. Certamente usaremos isso como experiência para a próxima gravação.
Partindo para a arte gráfica, como vocês chegaram aos contatos de “Adriano Batista e Gil Vicente”, eles ouviram o trabalho antes?
Achei o Adriano Batista numa comunidade sobre artistas gráficos na internet, onde postei que procurava um ilustrador para capa de um CD de Metal. Vários deles entraram em contato enviando material, o que mais gostei foi o dele. Mandei algumas letras traduzidas, ele sintetizou perfeitamente a mensagem e o espírito da banda. Ele fez a ilustração, e o Gil Vicente a pintura digital. Tenho guardada a sete chaves a arte para nosso próximo trabalho, seguindo a mesma linha de HQ’s e também com a concepção apocalíptica.
Um dos maiores destaques no álbum está na cozinha, e em algumas partes a bateria chega até “roubar” a cena. Como é trabalhar com RICHARDSON LUCENA e como ele chegou até a banda?
O “Big” RICHARDSON era amigo de um guitarrista que havia feito um teste, mas não tinha entrado, esse cara fez a indicação. Inicialmente ele foi tocar na MONSTER CULT, um projeto paralelo que temos que presta tributo aos grandes nomes do metal dos anos 80. Assim que o MARCELO MARTINS (GSTRUDES, SCATOLOGIC) deixou a DARKSIDE, o RICHARDSON era a escolha óbvia e se encaixou perfeitamente em todos os aspectos! Ele teve muito pouco tempo pra gravar as partes de bateria, algumas músicas sequer estavam prontas e ele só tinha a guia, mas se saiu muito bem!
Outro ponto positivo é o entrosamento de guitarras com as dobras de solos lembrando as influencias da NWOBHM. Alguma música do “Setlist” dá mais trabalho nos shows?
Todas dão bastante trabalho! Nossas músicas são relativamente simples, mas tocadas de uma forma bastante desafiadora fisicamente!
O baixista RENATO FILTRO também ocupa um papel fundamental na segurança de todo esse peso, e o vocalista ALEX EYRAS conseguiu introduzir com bastante felicidade o seu estilo, já que é muito diferente do timbre de voz do antigo vocalista DANIEL MONGE.
O FILTRO tem uma pegada segura e veio com bastante força. Já o ALEX, realmente tem uma forma diferente de cantar do MONGE, mas isso foi muito bem aproveitado!
Vocês saíram numa turnê que cumpriu datas em seis estados brasileiros, isso mostra a boa aprovação nacional do novo trabalho, como a banda têm lhe dado com toda essa receptividade?
Esses shows foram bastante empolgantes, mas também cansativos, o que nos deu uma breve noção do que nos aguarda quando formos efetivamente cair na estrada. Não é fácil. Tivemos a chance de tocar para públicos desconhecidos de cidades distantes, dividindo palco com bandas excelentes e celebrando com muita cerveja ao lado de nossos amigos headbangers!
Eu agradeço o seu tempo ocupado para essa entrevista e desejo à DARKSIDE todo o reconhecimento que merece, e que também possa levar sempre o nome do Ceará aos limites do ‘Underground’ mundial.
Obrigado pela oportunidade, amigo Leonardo! Bem, a DARKSIDE está na guerra, se fortalecendo cada vez mais e se preparando para desembarcar em terras mais distantes! Subimos em palco para mostrar que somos feitos de Metal e para constatar que o ‘headbanger’ brasileiro também é o que deixa a banda bastante realizada. Levar o nome do ‘Metal cearense’ Brasil afora é um fardo muito pesado, mas que a DARKSIDE carrega com honra e honestidade.
Merecidamente uma entrevista com a veterana Darkside, prata da casa: Fortaleza, e mais agora rompendo fronteiras divulgando o recente trabalho “Prayers in Doomsday” que diga-se de passagem está muito bom e esperamos nos que fazemos o underground cearense que nossas bandas ultrapassem todas as fronteiras imaginaveis do som pesado e a Darkside é um exemplo disso. Deixo aqui a otima entrevista feita pelo site Wiplash ao mentor da banda Tales Groo. Boa leitura.
Darkside: rompendo barreiras, eliminando fronteiras.
DARKSIDE é uma banda veterana de Heavy/Thrash Metal do Ceará que já está em cena há mais de vinte anos. Ao longo de sua trajetória muitas formações já fizeram parte do seu ‘Casting’, mas isso sempre foi superado pela paixão à música pesada. Hoje a banda conta com ALEX EYRAS (já de saída) – vocal, TALES GROO – guitarra, HELDER JACKSON – guitarra, RENATO FILTRO – baixo e RICHARDSON LUCENA – bateria. Conversei com seu membro fundador, TALES sobre esse empenho e os seus lançamentos que já conquistaram o Brasil, inclusive o último, “Prayers in Doomsday” recebeu indicações para o melhor CD de 2012 nas páginas da revista “Roadie Crew”.
Você vem acompanhando o desenvolvimento do Metal cearense desde os primeiros focos vindo até mesmo fazer parte de bandas como a lendária BEOWULF. Hoje como é que você vê a mesma cena comparando-se a daquela época?
A cena é completamente diferente de 20 anos atrás! Poucas pessoas daquela época ainda estão na ativa. Todo o nosso contexto econômico, social, político e cultural mudou completamente. Numa época sem internet, sem equipamento, sem tecnologia e sem ambições, nossos procedimentos para produzir, manter e divulgar uma banda eram bastante arcaicos, mas feitos com uma enorme paixão, que era alimentada com fogo pelo público Headbanger.
Como surgiu a idéia de fundar a banda DARKSIDE e quais foram os momentos mais difíceis que vocês encontraram pela frente?
No início eram apenas ensaios com alguns amigos, onde costumávamos tocar alguns covers e encher a cara de cachaça. Com o tempo, começamos produzir músicas nossas e a batalhar espaços no underground. Os momentos difíceis foram as mudanças de formação, que sempre deixavam a banda em longos períodos improdutivos.
Como foi a experiência de ter saído de sua terra natal para fechar a noite como “Headliner” no terceiro festival “Batalhas das Bandas” no Macapá – AP em 2003?
Foi excelente, tocar tão longe naquela época era algo difícil para as bandas cearenses, mas tivemos um tratamento de primeira por parte dos produtores e do público. Infelizmente não tocamos com a formação que estava ativa no momento, já que o baixista e o batera de então não puderam viajar, mas pudemos contar com a participação de dois ex-membros, foi um ótimo show. Pra mim teve um gosto especial, pois no final nosso primeiro baterista, o BEAH, que mora em Macapá desde que saiu da DARKSIDE em 1992, subiu no palco conosco para um memorável cover de “Fade to Black” (METALLICA)!
Depois de treze anos de estrada a banda consegue lançar o seu ‘Debut’, “Eclipsed Soul” (2004) que teve larga aceitação pelo público local, e o mais interessante é que teve produção
da própria banda. Acredito que isso se deva justamente pelo longo tempo de atividade, seria?
Na verdade a produção ficou a cargo do RODRIGO MAGNANI, que havia acabado entrar na DARKSIDE, mas já tinha uma boa experiência como produtor. Ele tinha um estúdio de gravação chamado ‘Digisound’, juntamente com o Fabrício Carvalho, que produziu excelentes trabalhos de bandas como NECROMORTEN, TIGLATH, SOMBERLAIN, CLAMUS, FACADA, entre outros. Os méritos são dele e do Fabrício.
A versão semi-acústica da faixa título ficou fantástica.
Foi uma idéia em conjunto, a orquestração havia sido composta e arranjada pelo RAMIRO MELO (ex-baixista e tecladista) e os violões foram executados pelo RODRIGO e pelo FABRÍCIO. Há também os backing vocals do ORUAM (DEADLY FATE de Natal-RN).
A outra curiosidade está na faixa “Belial” cantada em português e que difere um pouco da temática musical do CD, já que ela tem uma levada mais “Speed” deixando de lado a melodia.
Pra quem não sabe, “Belial” é um cover da PROCRIATION, banda que eu toquei em 1988. Nas sessões de gravações decidimos gravar uma versão curta dela, o DUDU MAGNANI simplesmente foi lá e cantou, eu fiz os backings, ficou fodido, decidimos aproveitá-la como bônus no CD.
Em 2008 vocês fizeram a abertura para um show da turnê do HELLOWEEN e GAMMA RAY em Fortaleza. Como foi segurar essa responsabilidade num evento tão importante para aquela região?
Foi mais um importante marco para a DARKSIDE. A partir daquele evento, a banda passou a agir com atitude mais profissional, com mais objetivo e foco. Fizemos contatos importantes com pessoas de fora e passamos a entender melhor como é o procedimento em produções de primeira linha. Pela primeira vez produzimos e levamos merchandising para vender em um evento, o que nos deu um excelente retorno, que foi capaz de investirmos mais na produção da banda.
Anos depois vocês também abriram para os britânicos do SAXON, inclusive foram até Curitiba – PR fazer a mesma abertura. Vocês estavam promovendo uma prévia do novo lançamento?
Exato, logo que recebemos o convite irrecusável de abrir pro SAXON em duas cidades (Fortaleza e Curitiba), tentamos terminar as gravações de “Prayers in Doomsday” que estavam atrasadas, mas só faltavam algumas linhas de guitarra e os vocais. Mas o tempo era curto e não conseguimos terminar satisfatoriamente nem cumprir os prazos, decidimos não lançar naquele momento. Incluímos no nosso merchandising uma versão EP com 3 faixas, saiu muito bem em todos os shows que tocamos em 2011/2012.
O “Prayers in Doomsday surpreende por vários aspectos, um deles é a própria música que resgata a velha escola do “Heavy Metal” com riffs pesados do “Thrash”. Isso os distanciou um pouco do que foi trabalhado no primeiro álbum que contém mais arranjos. Como vocês chegaram a esse fator?
A concepção de “Prayers in Doosmday” pedia uma execução mais direta e crua, sem teclados, nem corais e nem dedilhados. As linhas de vocais ficaram mais diretas. Tudo isso foi feito pensando na execução ao vivo de acordo com o alcance de cada um dos membros atuais da banda, levando em conta a pegada de cada um. O resultado é realmente um material mais forte, nunca deixando nossas raízes pra trás, simplesmente fortalecendo o aspecto mais agressivo da DARKSIDE.
Dessa vez a produção foi deixada a cargo do produtor “Moises Veloso”, e tenho que confessar que este foi o segundo aspecto que me surpreendeu. Vocês também ficaram satisfeitos com o resultado final?
Não ficamos 100% satisfeitos, e nunca ficaremos por mais perfeita que seja o resultado de uma produção. A banda sempre precisa almejar algo melhor, nunca se acomodar. É um álbum que nos enche de orgulho, mas o fato é que o objetivo de produzir um material com a qualidade gringa que pretendíamos não foi totalmente alcançado. Ainda assim, tivemos boas resenhas no exterior. Certamente usaremos isso como experiência para a próxima gravação.
Partindo para a arte gráfica, como vocês chegaram aos contatos de “Adriano Batista e Gil Vicente”, eles ouviram o trabalho antes?
Achei o Adriano Batista numa comunidade sobre artistas gráficos na internet, onde postei que procurava um ilustrador para capa de um CD de Metal. Vários deles entraram em contato enviando material, o que mais gostei foi o dele. Mandei algumas letras traduzidas, ele sintetizou perfeitamente a mensagem e o espírito da banda. Ele fez a ilustração, e o Gil Vicente a pintura digital. Tenho guardada a sete chaves a arte para nosso próximo trabalho, seguindo a mesma linha de HQ’s e também com a concepção apocalíptica.
Um dos maiores destaques no álbum está na cozinha, e em algumas partes a bateria chega até “roubar” a cena. Como é trabalhar com RICHARDSON LUCENA e como ele chegou até a banda?
O “Big” RICHARDSON era amigo de um guitarrista que havia feito um teste, mas não tinha entrado, esse cara fez a indicação. Inicialmente ele foi tocar na MONSTER CULT, um projeto paralelo que temos que presta tributo aos grandes nomes do metal dos anos 80. Assim que o MARCELO MARTINS (GSTRUDES, SCATOLOGIC) deixou a DARKSIDE, o RICHARDSON era a escolha óbvia e se encaixou perfeitamente em todos os aspectos! Ele teve muito pouco tempo pra gravar as partes de bateria, algumas músicas sequer estavam prontas e ele só tinha a guia, mas se saiu muito bem!
Outro ponto positivo é o entrosamento de guitarras com as dobras de solos lembrando as influencias da NWOBHM. Alguma música do “Setlist” dá mais trabalho nos shows?
Todas dão bastante trabalho! Nossas músicas são relativamente simples, mas tocadas de uma forma bastante desafiadora fisicamente!
O baixista RENATO FILTRO também ocupa um papel fundamental na segurança de todo esse peso, e o vocalista ALEX EYRAS conseguiu introduzir com bastante felicidade o seu estilo, já que é muito diferente do timbre de voz do antigo vocalista DANIEL MONGE.
O FILTRO tem uma pegada segura e veio com bastante força. Já o ALEX, realmente tem uma forma diferente de cantar do MONGE, mas isso foi muito bem aproveitado!
Vocês saíram numa turnê que cumpriu datas em seis estados brasileiros, isso mostra a boa aprovação nacional do novo trabalho, como a banda têm lhe dado com toda essa receptividade?
Esses shows foram bastante empolgantes, mas também cansativos, o que nos deu uma breve noção do que nos aguarda quando formos efetivamente cair na estrada. Não é fácil. Tivemos a chance de tocar para públicos desconhecidos de cidades distantes, dividindo palco com bandas excelentes e celebrando com muita cerveja ao lado de nossos amigos headbangers!
Eu agradeço o seu tempo ocupado para essa entrevista e desejo à DARKSIDE todo o reconhecimento que merece, e que também possa levar sempre o nome do Ceará aos limites do ‘Underground’ mundial.
Obrigado pela oportunidade, amigo Leonardo! Bem, a DARKSIDE está na guerra, se fortalecendo cada vez mais e se preparando para desembarcar em terras mais distantes! Subimos em palco para mostrar que somos feitos de Metal e para constatar que o ‘headbanger’ brasileiro também é o que deixa a banda bastante realizada. Levar o nome do ‘Metal cearense’ Brasil afora é um fardo muito pesado, mas que a DARKSIDE carrega com honra e honestidade.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Resenha: Rancid Flesh: Patological Zombie Carnage 2012.
Por Luiz Lemos
rancidfleshgore@gmail.com
www.reverbnation.com/rancidflesh
http://www.myspace.com/rancidfleshband
https://www.facebook.com/pages/Rancid-Flesh/106504702835272?fref=ts
O
mundo não se acabou, porêm, se tivesse uma trilha sonora, seria Rancid Flesh:
Patological Zombie Carnage. Ainda estou aqui estarrecido com tanta brutalidade
sonora e de uma qualidade fora do normal, já ouvi pelo menos umas sete vezes
seguidas, pois esses 25 sons grotescos passaram rapidez de tão bons. Uma mistura de death/splatter/grind
asqueroso exclusivo para os fortes. Vocais vomitados, grotescos e riffs fortes,
empolgantes e hiper pesados, claro influência dos grandes não deixaria de ter,
como o Brutal Truth, Napalm Death, Sinister, entre outros monstros do extremo.
Rancid Flesh é uma idéia da mente doentia de Laerte Guedes que já foi vocal de
outra banda brutal a eterna Scatologic Madness Possession e de seu amigo
Adriano Sabino na guitar, baixo e bateria programada que não deixa nada a
desejar, pelo contrário, de uma qualidade impecável. Musicas como: Sarcoma,
Autopsied alive de refrão marcante, Dr Zombie, Maggotorture já deu pra sentir o
cheiro fétido se espalhando. Destaco também a produção gráfica que ficou
condizente com a temática das letras, muito bem feita e vale mencionar, muito
sangue espirrado, corpos mutilados, zumbis podres, famintos e vísceras a
mostra, esse é o som da Rancid Flesh. Super recomendado para os amantes do
extremo hiper mega podre e vale também comentar que o cd é dedicado ao nosso
saudoso amigo Rogério Gordim que com certeza iria estar ouvindo muito esse cd. long life to the sound of rancid rotting flesh!!!!
Tracklist:
01. Pathological Zombie Carnage (Instrumental)
02. Infectious Hepatitis
03. Visceral Leishmaniasis
04. Dr. Zombie
05. Slow Death
06. Autopsied Alive
07. Coccidioidomicose
08. Infected
09. G.O.R.E.G.R.I.N.D.
10. Rancid Flesh
11. Forever Hungry
12. Human Vivisection
13. Cannibal Ripper
14. Painful Abortion
15. Sarcoma
16. Maggotorture
17. Cerebrovascular Accident (Stroke)
18. Metastasis (Metastatic Disease)
19. A Day in the Morgue
20. Stages of Decomposition
21. Chronic Disgorgement
22. Pulmonary Plague
23. Visceral Scab
24. Caked Blood
25. Rough Carcass
Contatos:
www.reverbnation.com/rancidflesh
http://www.myspace.com/rancidfleshband
https://www.facebook.com/pages/Rancid-Flesh/106504702835272?fref=ts
domingo, 18 de novembro de 2012
Resenha Horda Malleus: “Under the Evil Shadows”- 2012
Por Luiz Lemos
Horda
carioca Malleus , criada em outubro de 2004 com um intuito de fazer um odioso Black Metal numa linha war
extreme com influência das bandas clássicas da década de 80 e 90 como
Satyricon e immortal entre outras que conhecemos tão bem. Seu debut “Under the Evil Shadows” foi lançado em maio
desse ano com vários selos undergrounds, destacando a Metal Reunion e a
Anaites Records do meu brother Zartan. São sete faixas, sendo cinco antigas e
duas inéditas do mais puro black metal extremo. Faixas como “Dark Prophecy”, “Infinity
of Darkness” são de uma intensidade absurda e as que eu destaco do play, não
desmerecendo as outras, mais essas gostei por demais, são riffs alucinantes,
velozes, vocais agressivos que em alguns momentos que se encontram com mais
limpos que fazem um diferencial interessante nas musicas. Letras profanas, satânicas, paganismo e coisas
do gênero, fazem uma mistura perfeita para os apreciadores de um Black metal
feito sem meias palavras. Uma bela arte de capa também não poderia deixar de
destacar, resume muito bem do que a horda Malleus nos traz nesse cd, o seu
completo ódio ao cristianismo e qualquer outra religião. Recomendo.
Contatos: http://www.myspace.com/malleushorde666
Email: horde.malleus@gmail.com
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Single oficial da banda Gstruds. Prévia do lançamento do cd full.
Por Luiz Lemos
Single
de divulgação oficial do primeiro cd da banda Gstruds "Only Tia
Gertruds is Real" com previsão de lançamento no inicio de 2013, isso se o
mundo não acabarhehe...enquanto isso apreciem sem moderação. Proxima semana sai mais um som, Aguardem...
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