domingo, 26 de agosto de 2012

Resenha: Prayers in Doomsday - 2012

Por Silvio Beowulf

Após mais de 20 anos de espera surge o primeiro CD oficial da banda Darkside. Uma das pioneiras do thrash metal em Fortaleza, a banda vem trilhando um caminho de muita batalha e de êxito total dentro que se propõe a fazer. Falo isso com ‘conhecimento de causa’ pois presenciei um dos últimos shows da banda e a palavra que mais define é: MEMORÁVEL. Mas vamos ao que interessa. Já na primeira faixa temos certeza do trabalho consistente que vem a seguir. ‘Bubonic’ chega como um míssil sonoro onde a primeira coisa que chama atenção é a dupla baixo/bateria. Impecável!! Seguindo a trilha 2 petardos cujos refrãos simplesmente não saem da memória: ‘Sacrificed Parasites’ e ‘Anticitizen One’. Riffs marcantes e solos muito bem executados destacam o potencial do cast de guitarristas. Chegamos ao ponto alto do CD que certamente é ‘Prayers in Doomsday’. A faixa define o estilo da banda e mostra a competência e o entrosamento dos músicos. A cada momento é possível apreciar o trabalho individual e primoroso de cada integrante. ‘Born for War’ e ‘Cursed by Dawn’ são outras duas faixas memoráveis com refrãos potencialmente poderosos. A próxima faixa é pra mim uma surpresa agradável, e tornou-se minha faixa predileta. ‘Crossfire’ se destaca por uma excelente melodia vocal aliada a riffs dilacerantes. A equilibrada mistura de heavy/thrash metal dá um ar diferenciado à banda e nos deixa ansiosos pelo próximo trabalho. ‘The apocalipse Bell’ fecha com chave de ouro e promove uma vontade incontrolável de ouvir novamente o CD. Com os sinos do apocalipse anunciando o fim, serão as orações suficientes pra livrar a humanidade da condenação no dia do juízo final? Ouvir o CD pode não lhe dar a resposta, mas certamente vai propiciar momentos de muito prazer sonoro. Em termos de produção, o trabalho da banda também impressiona. A começar pela belíssima capa que engloba todo o conceito lírico do CD (outro fator a se destacar). Pragas, maldições, sacrifícios, guerras e devastações são explorados na dose certa. Vale destacar o encarte e também a foto interna mostrando um pouco da estória do Darkside ao longo da estrada. Não teria como não destacar o trabalho individual dos músicos. Renato Alves, só pelo riff executado em Crossfire já teria seu trabalho coroado, mas preferiu deixar sua marca ao longo do CD. Richardson “The Machine” Chaves nem se fala: na minha opinião, o melhor baterista no estilo da nova geração que ouvi por essas bandas. Helder Jackson me impressionou pelo feeling na execução dos solos e a ferocidade nos riffs que permeiam por todo o CD. Tales Groo, embora me considere meio suspeito pra falar (já que o considero um dos nomes mais importantes da cena cearense), se tornou mais um motivo de orgulho pra mim, e dessa vez, como músico. Alex Eyras pegou uma tarefa hercúlea: substituir o poderoso vocalista Aurélio Fonteles, a marca registrada da banda. Só posso parabenizá-lo pelo trabalho primoroso. Com maestria aliou a agressividade à melodia na dose correta e tornou-se a nova marca da banda. A mim, resta condenar o Darkside pelo crime de nos deixar esperar tanto tempo por um trabalho dessa magnitude e sentenciá-los à pena de produzir um novo trabalho com o mesmo nível ou superior o mais rápido possível. Caso contrário, nenhuma oração irá salvá-los da condenação no dia do juízo final.
Contatos: http://www.myspace.com/darksidebrasil

Facebook:http://www.facebook.com/darksidebrasil

3 comentários:

  1. Assino em baixo as palavra do Sílvio, parabenizo ao Tales e claro, a banda por continuarem firme no mundo undergroud, pois sei que só muito amor pelo que se gosta para nos levar adiante e sermos sempre fieis aos nossos princípios.Espero um dia voltar aí para prestigiá-los ou quem sabe aqui mesmo em SP, mas claro que bom mesmo vai ser vê-los aí junto com toda nossa galera, que continuam bem firmes com a mesma força e carinho que de verdade não acreditava existir na época, mas o Sílvio tem me mostrado o quanto estava equivocada. PARABÉNS E MUITA FORÇA!!!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado ao Silvio pela bela resenha, ao Luiz pelo grande trabalho a frente no Metal Fuel, e também pela Leonice pelas palavras! Darkside tá muito bem apoiada!

    ResponderExcluir
  3. Me sinto orgulhoso também de presenciar toda essa gama de qualidade que a as bandas da cena cearense estão construindo. A Darkside e Obskure são grandes carro-chefes dessa fase, parabéns Silvio pelo texto, ao proprietário(os) do blog pela divulgação e aos contemplados desta matéria que fizeram muito por merece-la!

    ResponderExcluir