sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Entrevista com a banda veterana Criokar.

Por Luiz Lemos


O blog Metal Fuel retorna com as entrevistas e nada mais justo do que iniciar com uma prata da casa e ainda melhor, da velha guarda do nosso cenário, a banda Criokar que com certeza tem muita história para contar e convidamos Cleiton, membro fundador da banda para falar um pouco da banda e seus projetos atuais.

1-     Cara em primeiro lugar é um grande prazer entrevistar a banda Criokar, e pra começar, dá um resumo do histórico da banda desde sua formação ate os dias de hoje pra galera nova se situar bem.

R – A banda iniciou suas atividades em outubro de 1994, com Cleiton Martins (guitarra, vocal), Paulo Ricardo (baixo) e Adriano Brand na bateria, gravamos nossa primeira demo tape intitulada “Revolt” essa com letras em inglês, porém a formação não durou muito tempo, em 1998 Adriano teve alguns problemas pessoais que o impulsionou a abandonar seu interesse pela a musica, em 1999 Clerton assume a batera chegando a gravar em 2001 um CD prom intitulada “A Maquina”, já com letras em português, parece maldição mas em 2004 Clerton também sai da banda para seguir caminho com a banda Clamus uma vez que conciliar família, trabalho, faculdade e duas bandas não é uma tarefa fácil! Depois de sua saída a banda, resolvemos parar nossas atividades ficando 3 anos fora dos palcos, nesse período continuamos nossos interesses de outra forma, no meu caso por exemplo, estive tocando com as bandas: Zôia e Insanity a qual ambas não estão mais ativas no cenário de Fortaleza, viajei para a Europa e ao retorna para Fortaleza em 2008 retomamos a banda Criokar com Alan assumindo a cozinha. Gravamos mais um CD promo intitulado “Violência”, e mais uma vez continua a maldição dos bateristas saindo por razões pessoais. Por fim, em 2010 convidamos Sula para fazer parte desse trabalho, hoje a banda deu um tapa na nuvem cinza que pairava pelo bancos de nossa bateria e em breve terá um CD com as musicas novas e com influencias do novo batera e do mais novo membro Taumaturgo que assumiu a segunda guitarra em agosto de 2011.   
  
 
2 2-Da trajetória da banda quem ainda faz parte da primeira formação?

R – Somente eu Cleiton Martins (Guitarra e Vocal) e Paulo Ricardo (Baixo).

33- Da década de noventa pra cá algo mudou na sonoridade da banda?

R- Cara mudou muito! Fico avaliando sempre o nosso trabalho, aprovando e desaprovando varias vezes ao longo dos anos acham que o trabalho de criação nunca é finita, por isso novas musicas descaracterizadas, ao longo dos 18 anos ficamos preocupados apenas em curtir o som que nos faça vibrar e renovar nosso interesse pela a coisa, uma prova disso é a mistura de diversas vertentes do rock achamos bacana a idéia de misturar elementos que possa enriquecer nossas idéias, claro sem deixar de lado nossa característica fundamentais o Thrash Metal.  

4-   Como vocês avaliam o nosso cenário underground de hoje, fazendo uma comparação ao  de vinte anos atrás, o que dificulta uma banda a seguir adiante ainda nesse momento de divulgações virtuais?

R – Cara, acho as vezes que estamos regredindo, uma vez que tínhamos veículos que potencializavam novas descobertas como a Rádio Rock, mesmo sendo um dia na semana... Esperávamos muito para que nossas musicas pudessem tocar nela. Hoje boa parte do publico foi renovado e com eles novas formas de se vestir e de curtir. Claro que fazendo comparações, houve muitas mudanças interessantes que facilitaram a comunicação, a internet foi à grande sacada para nossa geração, mas infelizmente o que se divulga gratuitamente é a banalização do caos nas cidades brasileiras e da musica ruim amadora, “quanto mais ridículo mais os jovens divulgam” essa ferramenta é para muitos, diversão, e as bandas ainda levam a internet muito a serio, chegando a gravar musicas e clipes somente para isso, não levando em consideração a quantidade de bandas que tem material lançado na rede, o que permanece igual é a freqüência do publico aos shows ainda tem muita gente que insistem em não gostar do que é produzido aqui em Fortaleza, uma rejeição que ninguém explica, trabalhamos pra caralho e na maioria das vezes os shows nos dá prejuízo, é claro que há muitos culpados a região é dominada pelo o forró e os roqueiros não pagam pelas visões que defendemos, mas falta interesse em conhecer e acompanhar as bandas do nosso cenário.     
  
5-     E os shows como andam as apresentações da Criokar? A receptividade continua tão forte como antes? Alguma diferença dos palcos de hoje para os de antes?

R – Nunca esteve tão bem, estamos com agenda bastante movimentada e mais convites estão surgindo, aonde chegamos somos bem recepcionados e o publico corresponde a nossas atuações, claro que temos saudades de alguns eventos que marcaram época em nosso percurso, mas estamos felizes, principalmente com os palcos que vêem oferecendo melhores equipamentos que é importantíssimo para uma boa atuação.
 
6-     Cara sou suspeito para falar de banda que tira som em português, pois sou super fan e nada mais lógico mostrar nossa língua, porem vocês já pensaram em tirar som em inglês?

R – Em 1994 nossas musicas eram em inglês... Mas tínhamos nossas influencias e isso foi algo que nos feria, pois queríamos algo novo, no inicio cantar em português era foda mas com o passar dos anos fui me familiarizando e hoje é a cara do Criokar, não descarto a possibilidade de podermos criar novas musicas em inglês, seria massa! porém a banda tem uma visão pré definida sobre essa particularidade, gosto de retratar conflitos pessoais e sociais, e nada mais justo, que nossa letra possa incomodar a quem é  de direito, como políticos corruptos, falsos pastores, policiais milicianos, traficantes safados e poder judiciário de merda.

7-     Vamos falar do cd da Criokar, como está sendo a produção? Está sendo gravado aonde? Já tem alguma previsão de lançamento?

     
R – A gravação é nossa prioridade, as musicas estão quase todas gravadas e falta alguns ajustes para a finalização acreditamos que em novembro estamos lançando o mais novo trabalho intitulado “Agulhas Infectadas”. Estamos gravando no estúdio do Taumaturgo nosso guitarrista e estamos fechando acordos com alguns selos brasileiros e europeus.
  
   8- E os projetos futuros o que tem de concreto além do lançamento do cd?

R – Pretendemos realizar uma turnê pelo o nordeste e depois seguir para o sul do país, recebemos alguns propostas para ir a Europa, mas nada firmado por enquanto! 

9- Hoje vemos a qualidade de nossas bandas autorais, ótimos matérias sendo lançados, eventos ligados ao som pesado e bem organizados como é o exemplo do Forcaos, o que ainda falta para nossas bandas caírem de vez na estrada além do nordeste?

R – Contatos de produtores de eventos, dinheiro e disponibilidade de tempo, muita gente deixa de participar de turnê justamente pela a falta de um desses elementos importantíssimos para o sucesso de uma empreitada dessas.

10- Só tenho a agradecer a participação de vocês no Metal fuel, força e sorte pra  grande
Criokar e fica o espaço para suas considerações finais pra galera.

R – Gostaria em nome da banda Criokar deixar o nosso agradecimento a vocês da Metal Fuel que realiza um trabalho engrandecedor para o nosso cenário e a você leitor que teve a paciência e interesse de ler até o final essa entrevista. nosso material esta explicito: http://www.youtube.com/user/criokar?feature=results_main com tudo sobre a banda baixe nossas musicas, escute e compareça aos nossos shows, pois tudo que fazemos é por vocês, obrigado e até a próxima! 

Um comentário:

  1. Cara, a criokar é muito foda! Bispo Macêdo vai se fuder, Bispo Macêdo vai se Fuder....hehehehe
    \m/

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